O excesso de chuvas no Estado provocou consequências econômicas severas, além de dezenas de mortes
Após a alta de 2,3% do PIB (Produto Interno Bruto) do Rio Grande do Sul no segundo trimestre deste ano, as perspectivas para a economia gaúcha são desafiadoras no que se refere aos próximos meses, segundo o Boletim da Conjuntura, divulgado nesta sexta-feira (20) pela Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão.
A agropecuária, que cresceu de maneira expressiva na primeira metade deste ano, tem menos destaque no segundo semestre. Além disso, a estimativa para a principal cultura do período, o trigo, é de menor produção em relação a 2022.
Ainda conforme o boletim, as perspectivas para a indústria de transformação, principal segmento industrial do RS, seguem desafiadoras, com o índice de confiança dos empresários ainda indicando pessimismo.
Já no setor de serviços, a tendência é de crescimento. No acumulado do ano até julho, todas as atividades do segmento apresentaram expansão, com alta de 7,2%. Os maiores aumentos foram na área de transportes (10,4%), informação e comunicação (9,2%) e serviços prestados às famílias (5,3%).
A questão climática é outro ponto de atenção para os próximos meses, conforme o boletim elaborado pelos pesquisadores Martinho Lazzari e Tomás Torezani, do Departamento de Economia e Estatística.
“O excesso de chuvas, para além da tragédia humana, teve consequências econômicas severas. A principal delas é a destruição de capital produtivo com impactos diretos na produção em municípios da região do Vale do Taquari”, destacou Lazzari.
“Entre as consequências com potenciais impactos negativos, estão os problemas logísticos em pontes e trechos de rodovias e os efeitos sobre a colheita do trigo e o plantio das culturas de verão, principalmente arroz, milho e soja”, prosseguiu.
Informação: O Sul