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Em dois anos de governo, RS consolida menor taxa de homicídios por 100 mil habitantes desde 2010
14/01/2021 11:23 em Segurança Pública

Após ter em 2019 os menores índices da década, Estado fechou 2020 com novas quedas de assassinatos, latrocínios e feminicídios

 

Dois anos podem trazer grandes mudanças em nossas vidas. Alguns conquistam uma formação, trocam de emprego. Outros vão morar sozinhos, casam-se, têm filhos. Mas houve ao menos uma mudança comum para os 11,4 milhões de gaúchos nos últimos 24 meses – todos passaram a viver em um Estado mais seguro. Depois de alcançar em 2019 os mais baixos índices de criminalidade da década, o governo do Rio Grande do Sul consolidou no ano passado a menor taxa de homicídios para cada 100 mil habitantes desde 2010.

Mas os resultado dos dois anos do programa RS Seguro não param por aí. Outros índices inéditos dos últimos anos foram atingidos, o que foi comemorado pelo governador Eduardo Leite:

“Se falássemos há dois anos em reduzir pela metade os homicídios em Porto Alegre, achariam que estaríamos sendo ousados demais. Se falássemos em reduzir pela metade o roubo de veículos n RS, poucos talvez acreditariam. Se falássemos em reduzir em 74% os roubos a banco no nosso Estado, provavelmente, diriam que nós não estaríamos trabalhando com a verdade ou com seriedade. Mas é exatamente isso que aconteceu. Uma redução muito forte de indicadores de criminalidade e isso reflete diretamente na qualidade de vida e no desenvolvimento do nosso Estado. Um Estado com segurança é onde se deseja viver e investir, o que gera um efeito cascata positivo pela confiança. Por isso, o nosso reconhecimento a todo os agentes da nossa Segurança Púbica e ao trabalho integrado e coordenado pelo RS Seguro”, afirmou o governador.

Ao final de dezembro, o acumulado de vítimas de assassinato no ano foi de 1.694, 6,5% menos do que as 1.811 de 2019 e o menor total de 2007. Com o resultado, considerando a mais recente estimativa de população do RS segundo o IBGE, a taxa caiu para 14,8 mortes a cada 100 mil habitantes – abaixo de 15 pela primeira vez em 11 anos. Comparado ao pior momento já vivido no Estado, em 2017, quando a taxa chegou a 26,4 homicídios por 100 mil habitantes, o dado atual equivale à queda de 44%.

"A maneira de aferir segurança pública em todo o mundo é através da taxa de homicídio. Ao conquistarmos essa redução inédita, depois de alguns anos muito difíceis, é um indicativo de que o nosso programa RS Seguro está dando certo", celebrou o vice-governador e secretário da Segurança Pública, Ranolfo Vieira Júnior.

Os dados divulgados nesta quinta-feira (14/1) pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) mostram ainda que, em 2020, 117 municípios tiveram alguma redução no total de vítimas de homicídios na comparação com o ano anterior. Outros 248 registraram estabilidade e 132 fecharam com alguma alta, mas em 67 desses houve apenas um caso a mais. Quase 60% (269) das 497 cidades do Rio Grande do Sul não tiveram nenhum assassinato entre janeiro e dezembro.

Em relação aos 2.368 óbitos de 2018, último ano antes da implantação do Programa RS Seguro, o total de homicídios em 2020 marca redução de 28,5%. Frente ao pico do indicador, registrado em 2017 com 2.990 vítimas, a queda chega a 43,3%. O cenário de queda nos assassinatos se repete entre os latrocínios e os feminicídios. Juntos, esses três crimes representaram no primeiro biênio do atual governo a preservação de 1.343 vidas. No primeiro ano, foram 600 mortes a menos. No segundo, o saldo frente a 2018 foi ainda maior, 743 óbitos violentos a menos.

"A vida humana é o bem principal. Se o RS Seguro conseguiu preservar mais de 1,3 mil vidas em dois anos, é porque todo o trabalho de integração das foças policiais está dando certo e o planejamento estratégico baseado em dados objetivos foi acertado. Os dados falam por si", acrescentou Ranolfo.

 

Queda recorde nos roubos de veículos

Entre os crimes patrimoniais, as reduções registradas em 2020 atingiram marcas históricas. O destaque é a queda nos roubos de veículos, que encerraram o ano com o menor acumulado desde o início da contabilização pela SSP, em 2002. Foram 7.877 ocorrências, menos da metade (-51,1%) do que no último ano da gestão estadual anterior – em 2018, o número foi de 16.122. Em 2019, quando o total de casos caiu para 11.126, já haviam deixado de ocorrer 4.996 ocorrências frente ao ano anterior. Com isso, nos últimos dois anos, chega a 13.241 o número de roubos de veículos a menos.

Entre 2019 e 2020, a queda foi de 29,2%. Se comparado com o pico da estatística, de 18.138 roubos de veículos no ano de 2015, o dado atual amplia a baixa para 56,6%.

 

Ataques a banco têm redução inédita

Ainda pela combinação de operações restritas em razão da pandemia com o trabalho ininterrupto das forças de segurança, também houve redução recorde nos ataques a banco no RS, somados furtos e roubos. Em 2020, pela primeira vez em toda a série de contabilização, o Estado fechou um ano com menos de 50 ocorrências. Foram 49, numa retração de mais da metade (-55,5%) na comparação com as 110 do ano anterior.

Frente a 2018, que teve 192 casos, a diminuição se amplia para 74,5%. O saldo nos últimos dois anos em relação ao patamar de 2018 é 225 ataques a banco a menos. Em relação ao pico da estatística, registrado em 2015 com 287 ocorrências, o total de 2020 equivale à redução de 82,9%.

 

Pela primeira vez, taxa de homicídios por 100 mil habitantes na Capital fica abaixo de 20

O ano é 2016. Poucas preocupações são tão latentes na cabeça dos porto-alegrenses quanto a insegurança. A cidade amarga o descontrole da criminalidade, com picos nos crimes contra a vida. Ao final de dezembro, o município contabiliza 40 pessoas mortas durante assaltos no ano e quase 800 assassinadas. Com uma taxa de 53,5 homicídios para cada 100 mil habitantes, a maior já registrada, Porto Alegre acaba incluída no ranking das 50 cidades mais violentas do mundo, publicado pela revista britânica The Economist.

O ano é 2020. Os índices da criminalidade violenta em Porto Alegre despencam, pelo segundo ano consecutivo, para os menores níveis da década. Comparado com quatro anos atrás, a cidade registra 31 latrocínios e 530 assassinatos a menos. Com a taxa de homicídios para cada 100 mil habitantes em 17,6 – abaixo de 20 pela primeira vez na série histórica –, Porto Alegre já pode ser considerada uma das capitais mais seguras do Brasil.

 

Informações: Governo do RS

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