Entre as maiores cidades que mais aplicaram doses em pessoas de 18 anos ou mais estão Gramado, Nova Petrópolis, Flores da Cunha e São Marcos
A exigência de apresentar o passaporte vacinal no Rio Grande do Sul deixará de ser obrigatória em cidades em que 90% da população adulta, acima dos 18 anos, esteja com esquema vacinal completo. Isso significa estar com as duas doses (ou dose única, no caso da Janssen) da vacina contra a covid-19. Essa e as demais alterações serão detalhadas em decreto, que deve ser publicado nesta sexta-feira (19) e valerão a partir do próximo sábado (20).
A obrigatoriedade era criticada e encontrou resistência entre prefeitos que integram a Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne). Com a medida, a apresentação do passaporte vacinal em festas e eventos sociais, atividades artísticas, atividades de lazer, feiras e exposições corporativas e eventos esportivos não será obrigatória ao menos por parte do Estado.
Cabe a cada município decidir se manterá a obrigatoriedade ou se passa a flexibilizar a medida. Segundo dados do vacinômetro do governo do Estado, dos 65 municípios da região Nordeste, 35 podem passar apenas a recomendar a apresentação do comprovante de vacinação. Entre as principais cidades estão Gramado, Nova Petrópolis, Flores da Cunha e São Marcos. Gramado, inclusive, é um dos municípios em que a exigência foi mais criticada, uma vez que mais de 5 mil ingressos do Natal Luz foram cancelados devido a obrigatoriedade
— Temos uma reivindicação muito grande, principalmente das cidades que dependem do turismo. É para gerar renda e empregos. Temos situações em que as pessoas vêm do Norte, Nordeste e do Centro do país e chegam aqui com a exigência de um passaporte que na região deles não existe. Isso atrapalha no momento em que a região está tendo a oportunidade de receber turistas, em que as pessoas estão conhecendo, de fato, a Serra — avalia o presidente da Amense e prefeito de Farroupilha, Fabiano Feltrin.
Ele ressalta ainda que a associação quer avançar na vacinação e em campanhas de conscientização, mas a região não pode perder a oportunidade de receber visitantes:
— Já somos praticamente o maior destino turístico do Brasil, juntamente com o Rio de Janeiro. Não podemos perder essa oportunidade e termos restrições no momento em que a gente precisa avançar. Há muitas empresas endividadas
Informações: Aline Ecker/Pioneiro