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Inclusão do nome social no título de eleitor cresce mais de 370% no país desde 2018
Brasil
Publicado em 11/08/2022

Direito garantido a travestis e transexuais já foi exercido por 1.812 pessoas no Rio Grande do Sul

— Lembro de chegar, ser direcionada para a cabine, votar, ganhar o comprovante de voto e ser tratada com o maior respeito.

O relato, que poderia ser de qualquer cidadã brasileira descrevendo sua participação em uma eleição, ganha contornos de relevância ao partir de Ofélia Schnneider, 19 anos, uma das 37.637 pessoas que já procuraram a Justiça Eleitoral em todo o país para incluir o nome social no título de eleitor. 

Esse direito, garantido desde as eleições de 2018, assegura que as pessoas trans sejam identificadas pelo nome como são socialmente reconhecidas ao participarem das eleições. Além de evitar constrangimentos, o procedimento confere tratamento digno a elas no momento em que decidem escolher seus representantes.

Em todo o Brasil, a quantidade de pessoas que solicitaram a inclusão do nome social no título de eleitor cresceu mais de 370% desde 2018, quando 7.938 haviam requisitado a alteração. Na comparação com a eleição de 2020, com 10.450 pedidos, o número subiu 260%.

No Rio Grande do Sul, esse direito já foi exercido por 1.812 pessoas. No Estado, o aumento da procura pelo serviço é superior a 240% dede 2020, quando eram 531 pedidos, e 340% ante 2018, com 413 registros.

Informação: Zero Hora

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