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Novo ministro da Saúde afirma que vai manter isolamento social e foco na ciência
Brasil
Publicado em 17/04/2020

"A gente discutir saúde e economia é muito ruim. Na verdade essas coisas não competem entre si, elas são complementares"

 

Nesta quinta-feira (16), o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta deixou o cargo para dar lugar ao médico oncologista Nelson Teich. A troca foi uma decisão do presidente Jair Bolsonaro, anunciada nesta quinta-feira à tarde no Palácio do Planalto.

“Nesse momento, além de agradecer o senhor Henrique Mandetta, pela cordialidade e pela forma como conduziu seu ministério, eu também agradeço ao doutor Nelson por ter aceitado esse convite. E ele sabe do enorme desafio que terá pela frente”.  

O novo ministro da Saúde, Nelson Teich, nasceu no Rio de Janeiro, onde se formou em medicina pela Universidade Estadual (UERJ) e depois seguiu a  especialização em oncologia no Instituto Nacional de Câncer (Inca). Por fim, alcançou o doutorado em Ciências e Economia da Saúde pela Universidade de York, no Reino Unido. E essa formação é um dos pontos que chama atenção sobre o novo ministro em relação a como será o combate ao coronavírus. 

“A gente discutir saúde e economia é muito ruim. Na verdade essas coisas não competem entre si, elas são complementares. Quando você polariza uma coisa dessas, você começa a tratar como se fosse ‘pessoas versus dinheiro’, o ‘bem versus o mal’, ‘empregos versus pessoas doentes’, e não é nada disso”. 

Durante seu primeiro discurso como ministro, Nelso Teich explicou que a estratégia do distanciamento social, não terá nenhuma mudança neste momento.

“Não haverá qualquer definição brusca ou radical do que vai acontecer. É fundamental hoje que a gente tenha uma informação cada vez maior sobre o que acontece com as pessoas em cada ação que é tomada”.  

O ministro Nelson Teich afirmou, ainda, que a nova gestão à frente da Saúde continuará a basear suas decisões em critérios técnicos e científicos. 

“Um outro ponto é a parte de tratamento. A gente tem as vacinas, a gente tem os medicamentos e o que é importante é que tudo aqui vai ser tratado de forma completamente técnica e científica. E vamos disponibilizar o que existe hoje, dentro de coisas que funcionem como projetos de pesquisa. Por que isso vai permitir que você colha o maior número possível de informação no espaço mais curto de tempo. Isso vai ajudar a entender o que faz diferença ou não para as pessoas, para os pacientes e para sociedade”. 

Por fim, o ministro disse que o alinhamento com o presidente da República é fundamental e não só entre o Ministério da Saúde e a Presidência, mas entre todos os ministérios do governo. 

Agência do Rádio

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

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