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Ficar em casa é uma ótima chance para eliminar os focos do mosquito da dengue
Brasil
Publicado em 06/05/2020

População precisa manter cuidados de prevenção.

 

Apesar de ser uma preocupação muito mais silenciosa do que a atual pandemia de COVID-19, a prevenção contra a dengue é algo que não pode, de modo algum, ser deixada de lado. A Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS) chama a atenção para que a população aproveite esse período de confinamento para reforçar todos os cuidados necessários para eliminação dos focos de proliferação do mosquito. O dado mais recente mostrou que os casos de dengue mais do que dobraram entre 29 de dezembro de 2019 (início do calendário epidemiológico) e 21 de março de 2020, em comparação com igual intervalo do ano passado. O Rio Grande do Sul tem 410 casos da doença, sendo 340 autóctones, ou seja, contraídos na cidade onde a pessoa reside. Setenta são importados e outros 479 casos foram notificados e estão sob investigação.

“Como todos sabem, o mosquito precisa de água parada e o isolamento social que estamos vivendo é uma oportunidade para revisar tudo aquilo que já foi amplamente divulgado como não deixar reservatórios de água abertos, eliminar entulhos, retirar vasos debaixo de plantas e virar as garrafas para baixo, a fim de evitar o acúmulo de água. Devemos lembrar que, se estamos tão preocupados com o coronavírus, é para que não aconteça uma saturação da capacidade instalada dos serviços médicos e outras doenças, como a dengue, podem também acarretar no aumento da ocupação de leitos”, alertou o médico de Família e Comunidade, João Henrique Kolling.

O especialista lembra que o inverno tem sido um fator de proteção para os estados do Sul. Com o frio, a mobilização do vetor diminui e reduz a eclosão de larvas. Ao mesmo tempo, a queda nas temperaturas, que é um fator de preocupação para o coronavírus, funciona no sentido contrário para dengue.

 

Foto: Pixabay

Informações: Marcelo Matusiaki

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