Doses já teriam sido encomendadas por 20 países, segundo responsável pelo desenvolvimento da substância
A Rússia desenvolveu a "primeira" vacina contra o coronavírus, que provoca uma "imunidade duradoura", declarou nesta terça-feira (11) o presidente Vladimir Putin durante uma videoconferência com integrantes do governo exibida pela televisão.
"Esta manhã, pela primeira vez no mundo, foi registrada uma vacina contra o novo coronavírus", disse Putin. "Sei que é bastante eficaz, que dá uma imunidade duradoura", completou.
A vacina contra o coronavírus desenvolvida pela Rússia foi batizada como "Sputnik V", em homenagem ao satélite soviético, anunciou o presidente do fundo soberano envolvido no projeto, Kirill Dmitriev.
"Mais de um bilhão de doses foram encomendadas por 20 países", afirmou Kirill Dmitriev, antes de destacar que a fase 3 dos testes começará na quarta-feira. O fundo soberano indicou que o início da produção industrial está previsto para setembro.
De acordo com Dmitriev, ao menos 20 países já teriam solicitado mais de 1 bilhão de doses da vacina criada em solo russo. "Junto com nossos parceiros estrangeiros, nós estamos preparados para fabricar mais de 500 milhões de doses por ano em cinco países e o plano é ampliar a capacidade de produção", disse antes de acrescentar que países da América do Sul, Oriente Média e da Ásia já demonstraram interesse na vacina. "Estamos prestes a finalizar contratos para a combra da substância", completou.
Conforme a CNN, a vacina da Rússia ainda precisa passar pela chamada fase 3, que normalmente envolvem milhares de participantes, tudo para avaliar a segurança da substância e sua efetividade contra o novo coronavírus.
Dmitriev colocou que os testes ocorreriam foram do território russo. "Nós já chegamos a um acordo para conduzir testes relevantes com nossos parceiros nos Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e outros países", garantiu.
Distribuição e cautela
A vacina será distribuída em 1 de janeiro de 2021, de acordo com o registro nacional de medicamentos do ministério da Saúde, consultado pelas agências de notícias russas.
Nas semanas prévias ao anúncio, cientistas estrangeiros expressaram preocupação com a rapidez da criação de uma vacina deste tipo, enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu respeito às diretrizes estabelecidas e que a Rússia seguisse "todos os estágios" necessários para desenvolver uma vacina segura.
Informações: Correio do Povo