Presidente voltou a criticar governadores e prefeitos por fechamentos da economia
O governo caminha para bater o martelo sobre os detalhes do pagamento de novas parcelas do auxílio emergencial a partir do mês que vem. O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira que conversou com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre a ideia do benefício ser pago em quatro parcelas no valor de R$ 250. Ele ressaltou que a proposta também está sendo debatida com o Congresso.
"É isso que está sendo conversado em especial com os presidentes da Câmara e do Senado, porque a gente tem que ter certeza de que o que nós acertamos - vai ser conjunto, não vai ser só eu e a equipe econômica, vai ser junto com Legislativo também - na ponta da linha aquilo seja honrado por todos nós", declarou.
Bolsonaro voltou a destacar a situação de endividamento do país. Segundo ele, o pagamento do auxílio por mais quatro meses é "para ver se a economia pega de vez, pega para valer". O presidente disse ainda que o governo espera "uma nova proposta para o Bolsa Família" após o pagamento do auxílio.
Nesta quinta-feira (25), o Senado adiou a leitura do parecer da PEC Emergencial que possibilitará uma base jurídica para o pagamento do auxílio. O texto deve ser lido e votado na semana que vem. Há risco de fatiamento do texto para aprovação apenas do benefício, deixando as medidas de contenção de gastos para depois. A equipe econômica, porém, tenta evitar que isso ocorra.
Na transmissão ao vivo, Bolsonaro voltou a sugerir que a população cobre o auxílio emergencial de governadores e prefeitos. "Vão cobrar do prefeito, para o prefeito fazer auxílio emergencial, vão cobrar do respectivo governador, já que ele quer que você fique em casa eternamente e quer mandar a conta para nós pagarmos", disse.
Bolsonaro fez a sua live semanal acompanhado do presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães, que destacou que o banco é apenas o "agente pagador" do benefício e que a decisão sobre novas parcelas é do governo.