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A crise no alho nacional: Rafael Corsino fala sobre o assunto
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Publicado em 06/06/2018

Desde 1996 o alho importado da China, maior produtor mundial com 80% do total, é taxado no Brasil após a identificação da prática de venda por preço abaixo do custo para afastar concorrentes. Em 2013, o valor dessa taxa antidumping foi atualizado para 0,78 dólar por quilo, com vigência por cinco anos. Porém, empresas importadoras obtiveram em Brasília e no Rio de Janeiro liminares que impedem essa cobrança.

Para os produtores brasileiros, em sua maioria agricultores familiares, o custo de produção de uma caixa com dez quilos de alho está em R$ 66. Sem pagar a taxa antidumping, a mesma quantidade de produto importado da China chega a ser vendida por R$ 50.

Segundo o presidente da Associação Nacional dos Produtores de Alho (Anapa),Rafael Jorge Corsino, no período entre 2010 e 2016, quando houve maior rigor com as importações, a produção brasileira saltou de 20% para 45% do total consumido no País, mas hoje corre o risco de regredir diante do que ele considera concorrência desleal. A produção local, localizada nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, está em cerca de 130 toneladas por ano.

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