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Governo do RS anuncia projeto que auxilia profissionais da saúde que tratam a Covid-19
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Publicado em 14/08/2020

Tele UTI-RS irá disponibilizar informações e análise de pacientes em tratamento no Rio Grande do Sul

 

O governador Eduardo Leite anunciou, durante uma transmissão virtual na tarde desta quinta-feira, que os hospitais do Rio Grande do Sul já contam com apoio do programa Tele UTI-RS, do Proad SUS vinculado ao Ministério da Saúde, que conta com o apoio de profissionais de hospitais que são referência hoje, no Brasil, no tratamento de pacientes com a Covid-19, como o Hospital do Coração (HCor), em São Paulo e o Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Conforme Leite, as equipes estarão disponíveis todos os dias para auxiliar os profissionais de saúde do Estado, com informações específicas para cada paciente.

"Pelo menos 25 hospitais gaúchos já estão sendo atendidos ou têm termos de compromisso sendo firmados, além de outros 32 hospitais que estão sendo contatados para que possam ter contato com especialistas, intensivistas, que já passaram por situações difíceis e que têm grande expertise nesse enfrentamento para acompanhar os casos específicos dos pacientes", comentou Leite. Além disso, ele reforçou que o objetivo é ajudar na capacitação desses profissionais.

"Até porque com a ampliação da nossa rede de hospitais com leitos de UTI, muitos que não tinham, passaram a ter, principalmente no interior do Estado. Estamos colocando novos hospitais e leitos em funcionamento, muitos profissionais estão sendo chamados a cumprir essa missão no tratamento intensivo de uma UTI, que exige cuidados e capacitação específicos", reiterou.

Sobre o programa Tele UTI, o superintendente executivo do HCor, Fernando Torelly, o estado de São Paulo enfrentou o pico da Covid-19 entre março e maio. "Agora estamos em outro momento, com ocupação dos leitos de UTI em 66% e hospitais de campanha sendo desativados", destacou.

 

Atendimento via videoconferência 

Por conta da experiência adquirida naquele período, Torelly disse que o HCor propôs ao Ministério da Saúde que os médicos que atuaram na linha de frente do combate à pandemia fossem disponibilizados ao SUS para que pudessem acompanhar a visita ao paciente, diariamente, através de videoconferências. "Já acompanhamos 500 pacientes em diversos estados do Brasil e hoje, no Rio Grande do Sul, temos já quatro hospitais em operação no programa, já com 35 pacientes sendo acompanhados em 144 visitas realizadas", contou.

A intenção é que os profissionais do HCor, que já viveram o pico da pandemia e tiveram dúvidas sobre os melhores tratamentos, hoje estejam à disposição do SUS para prestar apoio aos colegas dos outros estados. Conforme o médico intensivista do HCor, André Franz, é feita uma visita diária de um intensivista do HCor com a equipe multidisciplinar do SUS de cada hospital. "Levamos a visão do especialista da terapia intensiva, que já vivenciou muitos casos, e isso tem o grande objetivo de diminuir essa carga de trabalho. Discutimos os dados clínicos do paciente e deixamos as sugestões. Acreditamos que assim levamos maior tranquilidade às equipes", definiu.

 

Pacientes com tratamentos prolongados serão transferidos 

Além do programa Tele UTI RS, o governador Eduardo Leite anunciou durante a transmissão virtual que os hospitais gaúchos de pequeno porte, que atendem pelo SUS, passarão a receber pacientes que necessitem de cuidados prolongados e que hoje ocupam leitos em hospitais de referência para a Covid-19.

"É uma forma de abrir mais vagas nesses hospitais com os pacientes sendo transferidos para os hospitais de pequeno porte. A ação está sendo possível por conta da Portaria 2.012/20 do MInistério da Saúde, através do repasse de R$ 16,6 milhões para essas instituições de saúde", detalhou, reforçando que ficarão à disposição 965 leitos de 25 hospitais de pequeno porte.

A secretária estadual de Saúde, Arita Bergmann, enfatizou que pelo menos 11 hospitais ainda têm alguma pendência e também poderão ser habilitados para receber recursos. "São hospitais que ficarão como retaguarda especialmente para aqueles pacientes que precisam ficar com algum cuidado, precisam de repouso e não estão prontos para alta e não têm o cuidado no domicílio para continuidade dos tratamentos", pontuou.

A maioria dos hospitais, conforme a secretária, está na região Norte do Estado. "Esses leitos são uma contratação do Ministério da Saúde, em caráter excepcional, e serão habilitados por 90 dias", comentou.

Conforme Leite, todos os esforços do governo do Estado vão na direção de conseguir manter a capacidade de atendimento à população. "Temos conseguido isso. Não chegamos, até o momento, a 80% da ocupação dos leitos de UTI no Rio Grande do Sul. Isso tem sido feito com enorme esforço, não apenas com abertura de novos leitos, mas também de projetos como esses. Todos os nossos esforços, todos os dias, são para viabilizar o atendimento a todos os gaúchos que precisarem", reforçou.

 

Informações: Correio do Povo/Jessica Hübler

 

 

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