Últimas reduções foram provocadas pela queda no etanol, do combustível nas refinarias e do ICMS
A gasolina comum fechou 2021 com uma alta de 48%. Pelo levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP), a média do litro começou o ano custando R$ 4,62 (quando tinha caído com a redução de consumo mundial de petróleo pela pandemia) e terminou em R$ 6,86, ou seja, uma elevação de R$ 2,24. O aumento é mais do que quatro vezes a inflação geral do período.
Junto com a conta de luz, a gasolina tem "brigado" pelo ranking de principais pressões sobre a inflação. E ela chegou a ficar acima de R$ 7 na média no Rio Grande do Sul com pico de R$ 7,99 em Bagé, mas o preço médio caiu 23 centavos nas últimas semanas. Primeiro, por uma redução de preço do etanol usado na mistura (que subiu muito no ano com a quebra da safra da cana de açúcar) e, depois, pela redução de R$ 0,10 pela Petrobras nas refinarias.
Agora, na primeira semana de janeiro, temos uma nova tendência de baixa geral de preços da gasolina com a volta do ICMS para 25%, que estava majorado em 30% desde 2016. Pelo cálculo do secretário da Receita Estadual, Ricardo Neves Pereira, o litro está recolhendo menos R$ 0,44 em tributo na compra feita pela distribuidora na refinaria. Segundo o presidente do sindicato que representa os postos de combustíveis (Sulpetro), João Carlos Dal'Aqua, alguns estabelecimentos começaram a receber gasolina com ICMS menor nessa segunda-feira (3).
Aos poucos, começam a aparecer as reduções. Pelos relatos dos leitores da coluna, os preços mais baixos encontrados chegam a R$ 5,99, em Caxias do Sul (bairro Rio Branco) e R$ 6,09, em Picada Café e Novo Hamburgo. Os mais atentos, que acompanham as variações, chegam a relatar reduções próximas de R$ 0,50 nos últimos dias. Com a concorrência e o baque no consumo provocado pela inflação geral, é provável de que novos cortes ocorram.
Informações: GaúchaZH