Os medicamentos molnupiravir e paxlovid prometem bloquear a replicação do vírus e impedir a evolução da doença para quadros graves.
Em meio ao avanço dos casos de Covid-19 no Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) avalia a inclusão de duas pílulas contra a infecção no mercado nacional. Os medicamentos molnupiravir e paxlovid prometem bloquear a replicação do vírus e impedir a evolução da doença para quadros graves.
No caso do antiviral molnupiravir, fabricado pela MSD (Merck Sharp & Dohme Farmacêutica), há um pedido de uso emergencial em análise desde o dia 26 de novembro. A Anvisa já realizou reuniões com a empresa, solicitou mais dados e aguarda o envio dos documentos.
De acordo com os estudos divulgados pela MSD, o molnupiravir demonstrou reduzir as hospitalizações e mortes em cerca de 30% em pacientes de alto risco, e em fase inicial da infecção.
A agência também já realizou reuniões de pré-submissão com relação ao medicamento paxlovid, fabricado pela Wyeth Indústria Farmacêutica. De acordo com a Anvisa, já foram repassadas as orientações para que a empresa envie os dados necessários à aprovação do comprimido. No entanto, ainda não houve um pedido de uso emergencial.
"Tão logo o dossiê seja submetido, iniciará os procedimentos de triagem e, estando o dossiê completo, dará início à avaliação do pedido", disse a agência em nota. A pílula já foi aprovada nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Austrália.
Nos estudos clínicos, o paxlovid chegou a reduzir em mais de 70% as hospitalizações e os óbitos nas populações vulneráveis à Covid-19. De acordo com a fabricante, é recomendado que o medicamento seja administrado por cinco dias, logo após os primeiros sintomas da doença.
Informações: Correio do Povo