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Erva-mate é oficialmente reconhecida como patrimônio cultural imaterial do Rio Grande do Sul
Região
Publicado em 14/06/2023

Planta é a primeira a receber esse tipo de título no Estado

O governo estadual oficializou a erva-mate como patrimônio cultural imaterial do Rio Grande do Sul nesta terça-feira (13). A planta é a primeira a receber esse tipo de título. A distinção ocorreu por meio da assinatura de um termo no Galpão Crioulo do Palácio Piratini, com a presença do governador Eduardo Leite.

A iniciativa é do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae), vinculado à Secretaria da Cultura (Sedac). Em 2022, a instituição apresentou um parecer técnico que foi aprovado pela Câmara Temática do Patrimônio Cultural Imaterial (CTPCI) em maio deste ano. O objetivo é reconhecer a importância histórico-cultural, o sistema de cultivo e comercialização da planta no RS.

— Entendemos que deveria ser a erva-mate (o primeiro patrimônio imaterial) pelo simbolismo que traz, pela relevância dela e do chimarrão para o gaúcho. É um compromisso que assumimos com a gestão dos bens culturais, materiais e imateriais, que pertencem aos gaúchos e gaúchas — diz Beatriz Araujo, secretária da Cultura.

Segundo ela, o governo trabalha para criar um livro do patrimônio cultural e imaterial do Rio Grande do Sul e outros bens são analisados para integrar o projeto ao lado da erva-mate.

Tornar-se patrimônio cultural significa que o bem tem relevância artística, histórica e social. No caso de produtos materiais – conjuntos arquitetônicos, prédios e obras de arte são exemplos – ocorre o tombamento; para os imateriais é feito o chamado registro.

— São manifestações culturais que possuem representatividade para um grupo social. Pode ser um dialeto, um idioma, uma atividade culinária, uma festa popular, um rito religioso, um saber ou modo de fazer. São vários elementos culturais, que não necessariamente precisam de uma materialidade, mas fazem referência à identidade, à ação e à memória de grupos sociais e étnicos — acrescenta Renato Savoldi, diretor do Iphae, sobre os bens imateriais.

Informação: GZH

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