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‘Quando precisar parar, vai parar’, diz Eduardo Leite sobre aumento de restrições
Região
Publicado em 15/06/2020

Sobre as reações dos chefes de executivos municipais e entidades de classes econômicas, o governador disse estar aberto ao diálogo, mas também pediu para ser compreendido pelos municípios.

 

Em transmissão ao vivo na tarde desta segunda-feira (15), o governador Eduardo Leite reagiu a protestos de empresários e manifestações de prefeitos das quatro regiões do Estado que regrediram e ingressaram em bandeira vermelha no início desta semana, fechando comércio e serviços. Entre as regiões, está a Serra Gaúcha.

Com base nas declarações de contrariedade dos municípios, Leite garantiu que ouvirá os argumentos e os dados que serão apresentados pelos prefeitos ao longo do dia e da semana, mas garantiu: “Quando precisar parar, vamos parar”.

Segundo ele, a região de Caxias do Sul teve um aumento de 174% nas internações confirmadas para Covid-19 de uma semana para outra. Este foi um dos indicativos que fez o estado tomar a decisão de regredir a região da bandeira laranja para vermelha.

“São onze índices em cada região, das vinte regiões segmentadas. Entre eles, se observou na Serra um salto de 23 para 63 internações por coronavírus, um aumento de 174%. Um aumento expressivo, mas não unicamente considerado. A variação de internações por Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) teve aumento de 55 para 71, o número de internados em leitos clínicos de 31 para 44 e a projeção de óbitos para as duas próximas semanas se agravou”, afirmou.

Sobre as reações dos chefes de executivos municipais e entidades de classes econômicas, o governador disse estar aberto ao diálogo, mas também pediu para ser compreendido pelos municípios.

“Podem ficar tranquilos porque o diálogo é a marca deste governo. Deixo claro, não se trata de negociação, mas apresentar nossos argumentos e ouvir os argumentos de cada município. Vamos analisar os dados, argumentos, e se houver alguma justificativa técnica, alguma informação, vamos ouvir atentamente e vamos considerar. Importante é que o modelo do distanciamento é para que possamos fazer as restrições na proporção que for necessário, no momento que for necessário. Antes era restringir tudo, o estado todo. Mas isso era desproporcional. Estruturamos o modelo inovador, inédito, regionalizando o estado segmentando as atividades econômicas. Conseguimos mapear o avanço do coronavirus e se param atividades pelo tempo que for necessário, atuamos onde tem que ser feito, no momento que tem que ser feito. Não adianta ter restrições sem ser aplicadas no momento certo. Não adianta fazer contenção quando as UTIs e os leitos estiverem lotados, pois ai se perde na economia, nas vidas, se perde por mais tempo por termos deixado de agir no momento certo”, diz Leite.

O governador ainda reforça:

“Não negociamos com a vida, com a saúde da população. Nós queremos a economia funcionando, preservando empregos, gerando renda, que é de onde o Estado extrai os impostos para investimento. Mas isso é baseado na preservação da vida. A gente analisa todos os dados de cada região e trabalhamos.

Uma reunião com prefeitos da Serra Gaúcha irá ocorrer às 18h desta segunda-feira (15).

 

Reforço estrutura hospitalar

O Estado, conforme Eduardo Leite, abriu um edital público para compra de 230 respiradores e camas para equipar leitos de UTI, “de forma pública, aberta e com transparência”, disse. O Governo estadual ainda está criando um incentivo para dez hospitais municipais que atuam no estado para combate ao Covid-19, “na casa dos milhões de reais”, salientou.

 

Informações: Leouve

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