Extrator é utilizado em uma das etapas iniciais da testagem das amostras
O Laboratório Central do Estado (Lacen-RS) conta com um novo equipamento para exames de biologia molecular que detectam o coronavírus. Por meio de comodato com o Ministério da Saúde, o Estado tem agora um extrator automatizado, que substitui parte do processo realizado de forma manual.
Com o aparelho, o Lacen terá mais qualidade a agilidade na liberação das cerca de 400 análises feitas por dia. Atualmente, 95% das amostras recebidas no laboratório têm resultados em até três dias. Foram realizados cerca de 60 mil testes desde o início da pandemia.
O extrator é utilizado em uma das etapas iniciais da testagem das amostras das secreções de vias aéreas de casos suspeitos. Esse material biológico é preparado e levado ao aparelho para que seja extraído o RNA (material genético) do vírus.
A bióloga Ludmila Baethgen, do setor de virologia do Lacen, explica que o processo de extração é realizado após o recebimento e fracionamento das amostras. “No equipamento, precisamos que as células sejam rompidas, expondo o material genético do vírus”, descreve.
Para isso, o equipamento realiza uma sequência de reações químicas, mecânicas e com o controle de temperatura. “São utilizadas pequenas partículas esféricas de metal, que conseguem, de forma magnética, se prender ao RNA, descartando o material ‘sujo’, que seriam todos os restos celulares e outras substâncias que não interessam para o exame”, detalha.
Até o início deste mês, esses passos eram realizados de forma manual. “O extrator nos beneficia por, em um menor tempo, fazer um número maior de exames. O que manualmente levaríamos três horas e meia para preparar cem amostras, com o equipamento conseguimos fazer em até uma hora e quinze minutos”, completa.
Depois dessa etapa, as amostras são encaminhadas para um segundo equipamento, chamado de termociclador em tempo real (RT-PCR), que é o que faz a detecção e identificação do vírus Sars-CoV-2, causador da Covid-19.
Informações: Secom/RS