Movimentos representantes da categoria organizam protestos em diversas rodovias contra política de preço do diesel
Entidades representativas de caminhoneiros preparam atos em rodovias brasileiras nesta segunda-feira (1º) contra a atual política de precificação do diesel utilizada pela Petrobras. Embora, não haja um consenso em toda a categoria, ao menos 13 agremiações de diversos setores apoiam o movimento grevista de hoje, que é encabeçado pelo CNTRC (Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas).
Os locais das manifestações não haviam sido divulgados até a noite de domingo (31), mas algumas concessionárias de rodovias já se anteciparam no fim da semana passada e conseguiram liminares impondo multas para quem protestar nos trechos administrados por elas. Foi o caso da Nova Dutra (BR-116 entre São Paulo e Rio de Janeiro), e da Arteris Régis (BR-116 entre São Paulo e Curitiba).
O presidente do CNTRC, Plínio Dias, afirmou em vídeo publicado nas redes sociais que oficializou órgãos do governo, incluindo a Polícia Rodoviária Federal, sobre os atos marcados para hoje. Segundo ele, caminhões de serviços essenciais, ônibus e carros de passeio não serão barrados nos locais onde houver manifestação.
O principal item da pauta dos caminhoneiros atualmente é o chamado PPI (preço de paridade internacional), política adotada pela Petrobras desde o governo Michel Temer.
Contrários
Mas também grupos de caminhoneiros contrários à paralisação. A Abrava (Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Autônomos) e a CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos) afirmaram no domingo (31) que não vão participar.
O presidente da Abrava, Wallace Landim, conhecido como Chorão, um dos principais líderes da greve de caminhoneiros de 2018, reconheceu que a categoria não pode ficar de “braços cruzados” e precisa reivindicar as conquistas do movimento anterior, em 2018 mas argumentou que a manifestação atual ganhou cunho político e está polarizada, com parte defendendo o presidente Jair Bolsonaro e outra parte contrária.
Informação: Correio do Povo